Tártaro (タタール, Tatāru?) é a grande divindade grega que personifica o inferno primordial, a região mais profunda e escura logo abaixo do Submundo.
Etimologia[]
Na mitologia grega, o Tártaro (em grego Τάρταρος, transl. Tártaros) era a profundidade mais escura do submundo. Foi para onde as almas do mal foram enviadas para tortura eterna e onde Zeus aprisionou os Titãs. Nos mitos, o Tártaro era uma parte de Gaia, perto das regiões do seu estômago, enquanto em outras variações da mitologia, o Tártaro era também um primordial como Gaia. Ele fez amor com Gaia também e com ela deu à luz a Tífon como resultado.
O Tártaro era visto como o oposto do céu, uma cúpula invertida que ficava abaixo da Terra. Juntos, a cúpula de Urano e o abismo do Tártaro encerravam todo o cosmos em uma concha ovalada ou esférica.
Características[]
Personalidade[]
Tal como seu pai, embora seja altamente desconhecida sua real mentalidade, o Tártaro até agora mostrou ser uma entidade divina imparcial e completamente desprovido de sentimentos ou até mesmo ideais, uma vez que manteve-se relativamente neutro e ambivalente com as constantes guerras que foram travadas entre as divindades logo após a formação do universo, não se importando em servir como "uma prisão viva" para onde os deuses enviam seus inimigos mais perigosos, ainda que sejam seus próprios parentes diretos. No entanto, sua imparcialidade tem limites, uma vez que ele se juntou a Gaia no passado para derrubar os olimpianos.
Aparência[]
O Tártaro é uma entidade amorfa, como alguns dos grandes deuses. Seu corpo é essencialmente o domínio mais profundo e sombrio do Submundo, sendo que em seu leito são aprisionados os piores criminosos condenados pelos deuses. Como tal, quando fora buscar Cronos em seus domínios, o deus fora representando como uma entidade repleta de uma série de longos braços espectrais cuja cor é escura com estrelas cintilantes.
Histórico[]
Era da Criação[]
Nascimento e Primeiros Dias[]
O Tártaro, o grande deus do Inferno Primordial, fora uma das primeiras divindades a surgirem logo após serem estabelecidos pela Grande Vontade do Caos que se espalhou pelo universo.[1] Durante a regência de Urano como governante supremo do cosmos, o mesmo lançou seus primeiros filhos, os Hecatônquiros e Ciclopes, aos domínios do Tártaro devido serem feios em sua opinião perfeccionista.[2]
Era Mitológica[]
Revolta de Asclépio[]
Durante o final do conflito interno no Santuário de Atena causado por Asclépio de Ofiúco devido o mesmo querer se tornar uma divindade, o cavaleiro acabou sendo jogado nas profundezas do Tártaro, onde fora aprisionado como punição por seus crimes.
Titanomaquia[]
Com a ascensão dos Deuses Olímpicos sobre o Clã dos Titãs no rescaldo da primeira Titanomaquia, os olimpianos lançaram e selaram onze dos doze titãs nas profundezas do Tártaro.
Gigantomaquia[]
Algum tempo após a Titanomaquia, o Tártaro se tornou consorte de Gaia e juntos deram a luz a Tífon, o gigante das tempestades, a fim de destruir os olimpianos.[3] É dito também que além de Tífon, o Tártaro também fora pai do Clã dos Gigas.[4] Em todo caso, embora os gigantes iniciaram uma nova guerra contra os deuses, eles foram igualmente derrotados e também foram selados dentro do Tártaro.
Século XX[]
Segunda Titanomaquia[]
Logo após a queda da maioria dos Titãs pelas mãos dos Cavaleiros de Ouro, os braços espectrais dos mortos do Tártaro emergiram para puxar Cronos de volta para as profundezas de seus domínios, no entanto, ele fora impedido por Aioria de Leão.
Segunda Gigantomaquia[]
- Artigo principal: Saint Seiya: Gigantomaquia
Tártaro é citado por seu filho Tífon quando este despertou de seu sono na era moderna.
Habilidades[]
Como a encarnação divina do Infernal Primordial, o Tártaro é presumidamente uma das entidades mais poderosas da série. Seu poder aterrador e autoridade são tais que seus domínios carregam a fama de serem ainda mais piores e cruéis do que o próprio Submundo inteiro, sendo que mesmo os outros deuses temem ficarem presos em seu interior.
Capacidades[]
- Domínio do Dunamis: Como uma grande divindade, ao invés do cosmo, o Tártaro usa o Dunamis, o "Cosmo da Criação" (創造のコスモ, Sōzō no Kosumo), o que o permitia fazer ou criar o que quisesse baseado nas manipulações materiais e energéticas da realidade. Devido seu status como encarnação viva do inferno primordial, seu nível de controle era ainda mais refinado e superior se comparado aos das demais divindades antigas, mesmo entre alguns de seus irmãos. Uma prova disso fora que conforme os titãs foram sendo derrotados na Segunda Titanomaquia, o dunamis de Tártaro começou a obliterar o território de Cronos e o próprio titã antes de recuperar seu poder. Sua dunamis também fora apontada como muito obscura e aqueles que ficarem aprisionados em seu plano de existência passarão a carregar o mesmo vestígio.[5]
A alma de Iapeto sendo sugada de volta para o Tártaro.
- Imortalidade: Como um dos primeiros seres divinos a surgirem na existência, Tártaro é completamente invulnerável a qualquer maneira que tente destruir sua forma física ou espiritual.
As almas sob o comando do Tártaro tentam capturar Cronos.
- Domínio da Criação: Devido a seu controle sobre o nono sentido, Tártaro fora capaz com Gaia de gerar entidades e seres divinos.
- Domínio sobre a Morte: Como o deus encarnado do Inferno Primordial, o Tártaro tem controle absoluto sobre a morte e as almas dos mortos que estão aprisionadas em seus domínios. Com elas, o grande deus poderia manifestá-las aonde queria a fim de capturar seu alvo e lança-lo para a escuridão de seu abismo infernal, tal como tentou fazer com Cronos antes de recuperar seu poder total.
- Domínio Dimensional e do Espaço-tempo: O Tártaro é capaz de manifestar os braços espectrais das almas que estão confinadas em seu interior através de uma fenda aonde ele quiser em seus domínios.
Curiosidades[]
- O Tártaro é o único grande deus a nunca ter seu paradeiro como desconhecido. Ele também é o único a ter aparecido ou ser mencionado em mais de uma obra da franquia Saint Seiya.
- Embora o Tártaro seja governante absoluto do Inferno Primordial, no filme Os Cavaleiros do Zodíaco: Os Guerreiros do Armagedon, Lúcifer afirmou ser o senhor absoluto da região (ao qual chama de Mundo dos Demônios) e de seus amotinados prisioneiros.